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FORMAÇÃO - UMA CAIXA DE PANDORA

Rogério Paulo Serrador
Treinador Juniores e Juvenis C.C.D.S. Casal Velho



     Desde o aparecimento, o futsal tem-se revelado um desporto capaz de prender a atenção de miúdos e graúdos transversalmente desde os escalões infantis até aos seniores. O desenvolvimento da modalidade aconteceu de uma forma exponencial, sendo que nos dias que correm é considerada a segunda actividade desportiva com mais adeptos e praticantes em Portugal.

    No distrito de Leiria o desenvolvimento tem acompanhado o “agigantar” desta modalidade, em particular no que às camadas jovens diz respeito. Nestes escalões, Leiria está quantitativa e qualitativamente ao nível do que melhor se faz pelos pais. A provar está a presença assídua das selecções distritais nas finais das provas disputadas, tidas sempre como das equipas mais fortes e potenciais candidatas aos troféus. Bem como, as prestações dos campeões distritais de juvenis e juniores nas respectivas provas nacionais.

    Esta demonstração de qualidade não é, evidentemente, fruto do acaso. É ao invés, o resultado de um trabalho meticuloso, estruturado, muito sério e dispendioso feito pelos clubes. Aqui investe-se na formação dos jovens atletas, sempre com uma perspectiva de médio longo prazo. Perspectivada assim, ao mesmo tempo que faculta os resultados que todos já conhecemos, a formação garantirá em principio, a continuidade de surgimento de atletas com um nível elevado, que é o mesmo que escrever, o garante da manutenção dos bons resultados.

    Paradoxalmente, este caminho que tão bons resultados produziu até aqui, está enfermo de uma atitude completamente antagónica por parte de alguns clubes, que merece alguma reflexão.

    Na senda do êxito imediato, algumas equipas inclusive de divisões inferiores, estão a apostar forte no escalão sénior, remunerando jogadores com salários “irresistíveis” para jovens. Conseguem desta forma apresentar equipas fortes sem um único jogador proveniente das camadas jovens do clube. Fazem um desinvestimento claro nas várias etapas de crescimento dos atletas, optando por direccionar essas verbas para celebrar contratos com jogadores em fase final de formação, deixando esse ónus aos demais.

    Esta situação tem como consequência imediata um mau estar que se instala nas relações institucionais entre clubes. Clubes que investem na formação não podem ver com bons olhos o aliciamento de atletas para um rival que neles não despendeu um euro.

    A longo prazo, esta atitude pode colher frutos desastrosos. Necessariamente se não for travado este tipo de comportamento, estabelecer-se-á uma relação causa-efeito, onde os clubes formadores acabarão por necessidades competitivas focalizar atenção no escalão sénior, descurando as camadas inferiores e colocando em risco todo o bom trabalho de anos. Isto acarretará invariavelmente um decréscimo quantitativo e qualitativo que ninguém por certo desejará.

    Uma solução para este problema passaria por produção legislativa. Urge legislar no sentido de possibilitar aos clubes formadores, uma blindagem contra este tipo de prática. Uma proposta fica no ar: qualquer equipa a competir no escalão sénior deve ser obrigado por lei, a ter um número mínimo de atletas inscritos nos demais escalões jovens.

    Esta medida em si não encerra a solução para o problema, mas tem o condão, quiçá, de sensibilizar os diversos intervenientes para uma prática “saudável”.

    Importa que dirigentes, técnicos, atletas e adeptos reflictam sobre esta caixa de Pandora que paira sobre o futsal e em conjunto ser definida uma solução que por certo trará um sol ainda mais radioso a esta modalidade no nosso distrito.




PAULO CASCA RESPONDEU À PERGUNTA LANÇADA PELO CASAL VELHO

O treinador do Externato da Benedita aceitou o desafio lançado pela secção de futsal do Casal Velho, respondendo á pergunta:

COMO IMAGINA O FUTSAL NO NOSSO DISTRITO DAQUI A 5/6 ANOS, SE NA PRÓXIMA ÉPOCA TODOS OS CLUBES DEIXASSEM DE TER ESCALÕES DE FORMAÇÃO?    

Acerca da questão que colocam sobre o futuro do futsal sem escalões de formação, só posso dizer o seguinte: NÃO HÁ FUTURO. É como perguntar qual o futuro da humanidade se não houvesse reprodução.

Basta voltarmos uns anos atrás, verificar a evolução registada no futsal nos últimos anos, e perguntarmo-nos porquê? A resposta é simples, a modalidade vivia à base de jogadores que abdicavam de jogar futebol de 11 ou estavam em final de carreira e não havia formação específica de jogadores de futsal. A modalidade deu um passo em frente quando começaram a surgir clubes que apostaram em camadas jovens, tendo aumentado significativamente o número de praticantes mas, acima de tudo, elevou a qualidade dos jogadores que começaram a ter uma preparação específica para o futsal desde as idades de base.

No caso concreto do Externato da Benedita, na presente época, a maioria dos jogadores foi federada de futsal durante os seus anos de formação, sendo que cerca de 30% são provenientes do escalão de juniores do clube. Nós temos que, obrigatoriamente, trabalhar com os jogadores oriundos da nossa região, porque tal como a maioria dos clubes não temos possibilidades financeiras de contratar jogadores de “fora”, ao contrário de alguns adversários do nosso campeonato, nomeadamente algumas equipas de Lisboa, que vivem uma realidade completamente diferente e cujo campo de recrutamento é muito abrangente, permitindo mudar por completo um plantel de uma época para a outra.

Assim, a nossa aposta e dos clubes da nossa região terá que ser na formação, rentabilizando ao máximo as qualidades dos nossos “miúdos”.

Ora, se este processo for interrompido, será recuarmos alguns anos no processo evolutivo e o futuro do Futsal no Distrito estará seriamente comprometido.

PEDRO COELHO RESPONDEU À PERGUNTA LANÇADA PELO CASAL VELHO

O treinador da Mendiga aceitou o desafio lançado pela secção de futsal do Casal Velho, respondendo á pergunta:

COMO IMAGINA O FUTSAL NO NOSSO DISTRITO DAQUI A 5/6 ANOS, SE NA PRÓXIMA ÉPOCA TODOS OS CLUBES DEIXASSEM DE TER ESCALÕES DE FORMAÇÃO?    

Daqui a 5 ou 6 anos o futsal no nosso distrito teria 2 vertentes; uma parte de veteranos e outra de curiosos. Veteranos, porque daqui a 5 ou 6 anos grande parte dos praticantes actuais teriam mais de 30 anos.

Curiosos seriam os restantes que por falta de qualidade noutras modalidades se dedicariam ao futsal, tendo em conta ao facto de se praticar em recintos fechados e não é por acaso que todos os pavilhões de relva sintética que existem pelo nosso distrito têm os seus horários completamente cheios.

Não existe desporto algum que não tenha que depender dos escalões de formação, apesar de achar que existem associações de futebol que parecem não pensar da mesma maneira.

Equipa que não tenha formação nem devia de poder disputar os campeonatos da sua modalidade.

Abraço Pedro Coelho.

RUDI NEVES RESPONDEU À PERGUNTA LANÇADA PELO CASAL VELHO

O guarda-redes do N.S. Leiria aceitou o desafio lançado pela secção de futsal do Casal Velho, respondendo á pergunta:

COMO IMAGINA O FUTSAL NO NOSSO DISTRITO DAQUI A 5/6 ANOS, SE NA PRÓXIMA ÉPOCA TODOS OS CLUBES DEIXASSEM DE TER ESCALÕES DE FORMAÇÃO?    

Em resposta directa a esta pergunta, na minha opinião se as equipas deixassem de ter escalões de formação na próxima época, o futsal no nosso distrito morreria.

Num momento de evolução em que se encontra o futsal, quer a nível nacional como a nível distrital, em que é necessário haver um upgrade em termos de qualidade, acabar com a formação seria um passo para o fim.

A nível distrital penso que atingimos um nível bastante interessante em termos de quantidade quer de equipas quer de atletas. Contudo penso que a qualidade não acompanhou esse desenvolvimento.

Considero cada vez mais importante as equipas apostarem na formação, não só devido ao facto de num futuro próximo ser a principal fonte de jogadores para as equipas, mas como também desde que feita com qualidade (o que nem sempre acontece) acabará por formar melhores praticantes desta nossa modalidade o que se traduzirá num upgrade da qualidade do futsal praticado pelas equipas do distrito.

Agora em jeito de reflexão deixo algumas questões e pensamentos que gostaria de partilhar convosco:


1 - Acham que os jovens acabando a sua formação (após concluir a idade de juniores) estão preparados para integrar uma equipa de seniores?


Na minha opinião NÃO estão. Não por culpa deles nem dos formadores, mas sim por culpa de não estarem inseridos numa competição mais competitiva. O facto de ser tão evidente que o caminho é a formação, como é possível que um campeonato de juniores ainda seja disputado em 2 zonas (porque não em duas divisões em que a competitividade aumentaria e muito)? Como é possível que toda uma época de trabalho acabe com 1 jogo (que foi disputadíssimo) uma final entre o campeão da zona Norte e Sul (neste caso Casal Velho e NSL) e que seja esse mesmo jogo a decidir quem vai ao nacional. Isto sim é anedótico, não o facto de disputarem uma final (pois isso é um jogo em que tudo acontece) mas sim o facto de que estas 2 equipas pudessem ter jogado mais que uma vez entre si num campeonato mais equilibrado com equipas deste nível (ao invés de andar uma época inteira a infligir goleadas a equipas muito mais fracas das suas séries limitando assim o desenvolvimento quer de quem ganha como dos que perdem). Estas equipas encontraram-se apenas 1 vez em toda a época!!!! Será que não merecíamos mais jogos como este?


2 - Que acompanhamento é feito a estes jovens quando chegam à idade sénior?


Atendendo ao facto de que a transição de júnior para sénior não é fácil (eu tive essa experiência), sendo este o momento em que os jovens mais abandonam o futsal (à imagem do futebol), considero esta questão pertinente. Imaginando que num plantel júnior sobem a seniores 10 jogadores, eu não acredito que os 10 integrem o plantel sénior da equipa formadora (salvo raras excepções), o que acontece a quem não o integra? Deixamo-los ir embora desperdiçando 7/8 anos da formação que ele teve na nossa equipa? Eu encontro 2 caminhos para esta questão (mas posso estar errado). Um será talvez a criação das equipas B. O outro (que considero o melhor caminho) seria a cedência destes jogadores a equipas da região, e assim permitiria que a equipa formadora não perdesse o contacto com estes jogadores, e consequentemente (no caso destes terem uma formação adequada) acabaria por aumentar o nível de qualidade de jogo das equipas que os receberiam, (quantas e quantas equipas não evoluem por não conseguir ter jogadores quer em quantidade como qualidade no seu plantel).


Gostava também de lembrar que considero a questão colocada pelo Sr. Rogério sobre o de "estarem a formar jogadores para outros clubes que os seduzem com subsídios", importante, pois a AFL deveria tomar aí uma posição. Não é justo. Por outro lado convém também lembrar que nem todos os clubes têm condições para serem formadores, e não deve ser por isso que devem deixar de ter equipa. Não têm condições quer devido à falta de pavilhão (pois nem todos têm pavilhão próprio), quer devido á falta de pessoal qualificado para o efeito. E para mim formar por formar, que seja com qualidade.

Partilho assim o meu ponto de vista convosco.

Um abraço ao pessoal do Casal Velho.







TÓ COELHO RESPONDEU À PERGUNTA LANÇADA PELO CASAL VELHOO treinador da Académica de Coimbra aceitou o desafio lançado pela secção de futsal do Casal Velho, respondendo á pergunta:

COMO IMAGINA O FUTSAL NO NOSSO DISTRITO DAQUI A 5/6 ANOS, SE NA PRÓXIMA ÉPOCA TODOS OS CLUBES DEIXASSEM DE TER ESCALÕES DE FORMAÇÃO?    

Quanto à questão colocada, estou à vontade para falar sobre ela porque em todos os clubes por onde passei como treinador de seniores masculinos, as equipas da formação foram sempre referências do distrito, conquistando em todas elas nesse período títulos distritais. Por outro lado, e de acordo com aquele que eu acho que é o objectivo da formação, em todos os clubes com equipas seniores, ou seja fornecer jogadores ao escalão principal, as equipas por onde passei adoptaram essa política, e penso que se a mantiverem ou voltarem a tê-la tirarão os devidos dividendos da mesma.

Se os clubes do distrito de Leiria deixarem de ter escalões de formação a primeira consequência será não poderem participar em provas nacionais de seniores porque será obrigatório em termos de legislação PARA AS EQUIPAS SENIORES DE FUTSAL, TEREM ESCALÃO OU ESCALÕES DE FORMAÇÃO PARA PODEREM PARTICIPAR. Noutra perspectiva posso acrescentar que deixarão de ter representantes distritais nas selecções distritais e nacionais, bem como no recentemente aprovados campeonatos nacionais de juniores e quem sabe juvenis, o que será um passo de gigante de retrocesso na evolução das equipas do distrito, aumentando ainda mais a diferença para os distritos de Lisboa e Porto. A longo prazo essa decisão causaria o fim das equipas e do Futsal no distrito já que com o envelhecimento natural dos jogadores as equipas teriam que contratar jogadores, e os orçamentos iriam inflacionar tornando insustentável a situação de algumas equipas que vivem da sua formação.

Não poderia terminar sem deixar uma palavra de apoio aos clubes formadores em detrimento daqueles que vivem dos subsídios camarários e se enganam a si próprios e aos outros, roubando jogadores aos outros clubes e vivendo assim à custa do trabalho dos outros. Boa sorte a todos aqueles que apostam nos jogadores formados no clube e não "PARASITAM" à custa do trabalho dos outros.





KITÓ FERREIRA RESPONDEU À PERGUNTA LANÇADA PELO CASAL VELHO

O seleccionador distrital de sub-20 Kitó Ferreira aceitou o desafio lançado pela secção de futsal do Casal Velho, respondendo á pergunta:

COMO IMAGINA O FUTSAL NO NOSSO DISTRITO DAQUI A 5/6 ANOS, SE NA PRÓXIMA ÉPOCA TODOS OS CLUBES DEIXASSEM DE TER ESCALÕES DE FORMAÇÃO?    

Se não continuar a haver uma aposta cada vez mais forte na formação, o nosso futsal distrital não fica em risco, pura e simplesmente ACABA. No meu entender alem de ser esse o caminho certo para o desenvolvimento da modalidade, não podemos esquecer a fase pelo qual o nosso Pais está a passar em termos financeiros, o que quer dizer que cada vez mais os nossos clubes tem dificuldades em arranjar patrocínios, até porque eu sou um defensor acérrimo da formação deixo-vos com algumas questões onde tenho participação directa:

O que seria do Arnal esta época, se há 6 anos atrás eu não tivesse apresentado e exigido um projecto de formação á direcção deste mesmo clube?

Teria equipa sequer ?

Teria treinadores formados ?

Teria dinheiro para comprar e contratar 12 jogadores novos ?

Teria continuidade como clube de futsal?

Mas vejamos outras questões: O trabalho desenvolvido pelas selecções de formação na associação não são uma mais valia para os clubes ?

Para os atletas ?

Esta convocatória para a selecção nacional seria possível se não houvesse no distrito clubes que se preocupam em formar jogadores?

Penso nesta altura que a única solução para o futuro do futsal distrital passa pela continuidade da formação nos clubes, e se possível cada vez mais forte e com mais qualidade, se não esta modalidade que tanto ama-mos irá ter os dias contados como se viu no futebol distrital.

Um abraço ao pessoal do Casal Velho e continuidade do bom trabalho aí realizado.

Um abraço especial aos " meus " meninos Luís e Rui.





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